Entre outubro e dezembro deste ano, o PIAPE Araranguá ofereceu à comunidade acadêmica atividades cujo objetivo era divulgar o hábito da leitura, interpretação e reflexão; estimular a expressão individual através de diversas formas artísticas; e promover a valorização da identidade e da autoestima a partir do processo criativo. Desenvolvida em parceria com o Setor de Orientação Pedagógica e Psicologia Educacional do Campus Araranguá, essa proposta foi dividida em dois módulos: o Clube do Livro e os Encontros de Leitura e Expressão Criativa Liter(arte).
Nos dez encontros realizados foram discutidas as obras O Conto da ilha desconhecida (do autor português José Saramago), Sankofia: breves histórias sobre Afrofuturismo (da escritora brasileira Lu Ain-Zaila), O papel de parede amarelo (da norte-americana Charlotte Perkins Gilman) e Vamos comprar um poeta (do português Afonso Cruz), além de poemas e crônicas de Marina Colasanti, Clarice Lispector, Manoel de Barros, Jarid Arraes, Angélica Freitas e Wislawa Szymborska. Entre os temas abordados estiveram o afrofuturismo, o feminismo, as relações amorosas e de amizade, a capoeira como parte da arte brasileira, os limites que nos impomos e os limites que não impomos, a vida em outros planetas e o papel da arte em nossas vidas, mas ainda temos muito mais para ler e para conversar em 2025!
No dia 29 de novembro de 2024, houve a Edição Especial da Oficina do PIAPE Liter(arte), desenvolvida pela Tutora de Leitura e Produção Textual, Francilene Cechinel, e pelo Setor de Orientação Pedagógica e Psicologia Educacional, composto pela Pedagoga Carla de Godoi e Psicóloga Educacional Maísa Santos de Jesus. Esta edição contou com a coordenação do Grupo de Capoeira Bahia-Floripa, cujos representantes presentes, Professor Vítor Lima, Alex Brandão, Manoel Mayer Júnior e José Carlos Meireles, trouxeram para a Roda discussões construídas a partir do Poema “O Navio Negreiro”, de Castro Alves, e da Ladainha de Domínio Popular, “Dona Isabel, que história é essa?”.
Vítor Lima é psicólogo, mestre em Psicologia Social pela UFSC e pesquisador nas áreas de Saúde Mental, Juventude, Educação e Manifestação Artístico-Culturais. Vítor é também responsável por diversos projetos sociais e culturais que envolvem a psicologia no contexto da capoeira e suas contribuições para o bem-estar e a saúde comunitária.
Alex Brandão é cineasta formado pela UFSC, é um dos organizadores do Cine Angola, um cineclube dedicado a filmes sobre a África e suas diásporas. Sua experiência no audiovisual e seu trabalho de difusão cultural será um importante complemento à reflexão sobre as manifestações artísticas e sociais que foram abordadas na oficina.
Manoel é psicólogo da Prefeitura Municipal de Florianópolis, especializado em Saúde e Trabalho, com atuação em políticas públicas voltadas à Garantia de Direitos na Política de Assistência Social. Sua experiência na Saúde Pública e seu olhar crítico sobre as questões sociais se entrelaçam com o trabalho do Coletivo, trazendo uma perspectiva multidisciplinar à oficina.
José Carlos é psicólogo, facilitador de Biodanza e tem experiência no desenvolvimento de grupos de reflexão sobre masculinidades na UFSC e na rede de saúde em Florianópolis.
Foram debatidos temas como reflexões da história do Brasil a partir do ponto de vista étnico-racial; o primeiro Dia da Consciência Negra como feriado nacional a partir de 2024; a difusão da história de proibição e de perseguição da capoeira no Brasil; o debate sobre as formas de preconceito, discriminação e racismo; o diálogo sobre desigualdade racial e a equidade na educação; a capoeira e a literatura como ferramentas de promoção de discussão sobre a desigualdade racial e a musicalidade na capoeira como ferramenta de expressão cultural. Quem também entrou na roda e trouxe contribuições foi a estudante do curso de Fisioterapia, Eduarda Winters, a Orientadora Louça Fina, compartilhando também o seu percurso na Capoeira no Grupo Aruandê Joinville.
O Programa Institucional de Apoio Pedagógico (PIAPE) ofereceu, no semestre 2024.1, 36 atividades entre módulos e oficinas, além da oferta semanal do Grupo Neurodiverso e dos atendimentos individuais da Orientação Pedagógica e do PIAPE de Férias.
Os módulos versaram sobre assuntos de Matemática Básica, Cálculo I e II, Geometria Analítica, Física A e B, Termodinâmica, Bioquímica e Lógica de Programação. As oficinas trataram dos temas de hábitos de estudo, adaptação ao ensino superior e escrita do TCC.
Ao todo, foram 735 inscrições, 501 participantes e 366 certificados emitidos.
Para o semestre 2024.2 ofertaremos também a área de Leitura e Produção Textual e pretendemos nas férias de agosto oferecer novamente o PIAPE de férias para calouros e veteranos.
Alguns depoimentos de nossos alunos:
Piape deveria ser mantido, tenho certeza que ajuda muito os alunos. Certeza que o numero de alunos aprovados foi bem maior comparado com os anos anteriores.
O tempo do PIAPE tem sido produtivo, assim continuei estudando com horários fixos e efetivos.
O PIAPE ajudou muito para reforçar, através de exercícios, os conteúdos aprendido em uma disciplina específica da primeira fase.
Por fim, o PIAPE precisa ser apoio ao ensino da graduação e esperamos cada vez mais estreitar os laços com o corpo docente seja na promoção de atividades conjuntas, assessorias pedagógicas ou ainda na consolidação efetiva do programa.
Acompanhe nossas atividades no insta em https://www.instagram.com/piapeara/ e página em https://piape.ararangua.ufsc.br/
At.te,
Juliana Pires e Márcia Szortyka
Coordenadoras locais do PIAPE Araranguá
Processo seletivo para contratação de tutores(as) na área de Leitura e Produção Textual:
Acesse aqui o Edital nº 03/2024/DGER/ARA/UFSC
Edital n° 04/2024/DGER/ARA – altera os requisitos mínimos sobre a titulação
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